quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Um arco-íris duplo

Olá leitores!

Olhando algumas fotos antigas, descobri uma que daria um post!!
Veja essa imagem, de um arco-íris duplo ou secundário, tirada por mim na cidade de Vitória - ES, em 2012:


Os Arco-íris já foram tema de um post do MICROSCÓPIO em 2011 (confira AQUI), onde eu expliquei como esse fenômeno acontece.

Agora, temos aqui um fenômeno ainda mais raro - o arco-íris duplo. Por isso quero que seus olhos atentos observem a foto e me respondam:
"Qual é a primeira cor do arco-íris?"
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Se você olhou pro arco-íris da direita, a cor que vem primeiro é o vermelho. Mas se você olhar atentamente pro arco-íris duplicado, à esquerda, a primeira cor é o azul. As cores são invertidas no segundo arco.

Outra coisa que quero que vocês reparem é que o céu entre os arcos é mais escuro. Essa é a chamada banda escura de Alexandre (descrita pela primeira vez pelo filósofo grego Alexandre de Afrodisías)Além disso, o arco-íris secundário é mais fraco, porém mais alargado que o arco principal.

Gostou?
Agradeça às gotas de água e à luz do sol (luz branca) que sofrem refração (entrada na gota) e depois reflexão (como em um espelho). No caso do arco-íris secundário, a luz entra na gota por um ângulo específico e diferente do ângulo em que entra nas gotas do arco-íris principal. Dentro da gota, essa luz sofre reflexões e por isso vemos as cores invertidas.
Entenda o esquema abaixo: o número 1 representa a gota de água; o número 6 a luz do sol que entra na gota e sofre as refrações e reflexões; o número 4 da esquerda é o arco-íris principal; o 4 da direita, o arco-íris secundário - com as cores invertidas.


Beijos e até a próxima!


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O resgate da coruja

Hoje, um colega biólogo, chegou ao nosso local de trabalho carregando essa corujinha linda:

Ele a resgatou de uma praça, onde alguns tratores e homens faziam o trabalho de cortar a grama. O filhote indefeso estava no chão e como não foram avistados o ninho, nem os pais, ele optou por tira-la de lá.


Todos nós ficamos sem saber o que fazer numa situação dessas, dependendo do caso o melhor a fazer é deixar o filhote onde está e deixar a natureza - seus pais podem estar por perto - agir. Mas hoje, a pequena coruja provavelmente seria esmagada pelas máquinas e por isso ela foi resgatada.

Mais tarde nós fomos procurar o ninho, mas não encontramos nada. Não sabemos como ela foi parar no meio da praça, mas fomos orientados a devolve-la ao local onde foi encontrada. Provavelmente essa é uma Corujinha-do-mato (Megascops choliba).

Nenhuma pessoa pode criar animais silvestres em casa sem um autorização do IBAMA. Essa atitude é considerada crime. O IBAMA recomenda que os animais silvestres encontrados na área urbana, ou seja, nas cidades, sejam encaminhados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres - CETAS.
Leia mais informações sobre os CETAS clicando AQUI.

Apesar de lindos e fofos, o ambiente doméstico não é o ideal para os animais silvestres resgatados. Se passar por uma situação parecida, procure o Centro de Triagem mais próximo de você. Veja alguns exemplos clicando nos links abaixo. Aproveite para entender melhor o trabalhos desses Centros e colabore disseminando informação.

R3 ANIMAL - Florianópolis, Santa Catarina

ASSOCIAÇÃO MATA CILIAR - Jundiaí, São Paulo

CRAS - São Paulo, São Paulo

Vamos recomeçar?

E de repente, 2 anos sem postagens.

Além do pedido de desculpas, cabe aqui um explicação sobre o que andei fazendo nesses últimos 2 anos, nos quais o Microscópio Colorido ficou quase em preto e branco.
Vida de doutoranda não é fácil. Na verdade agora posso dizer que não foi fácil. Um projeto de pesquisa envolve muita dedicação e uma capacidade incrível de lidar com erros e acertos, tendo que superar muitos momentos de frustração. Mas no final é uma grande alegria. Uma sensação de dever cumprido e sonho realizado.
Com a vida mais calma e um empurrãozinho do namorado, decidi que era a hora de voltar a escrever.